sábado, 19 de abril de 2014

Um Traço De Mãe



















Quando faiscava: fósforo e enxofre, 
tinha luz.
Quando brilhava o espaço: 
tinha...tinha mãe no composto orgânico da vida,
tinha mãe:
estórias, caminhos, pigmentos,
luz.
Depois do terremoto
tempo e traço
corpo de baile
corpo de carnes quentes
na taça do cérebro!
Um celeiro de almas condenadas
olhando...
correndo em busca de ar...
beijando borboletas sem asas...
vendo cães com plumas.
Empoleiramos e nos dividimos
ficamos a olhar a estrada...
órfãos!
Este mar era um rio,
também florestas
em que cores dançavam de estrelas
e transparências fugaz se
perdiam no traço,
em construções 
translúcidas,
cidades invisíveis,
máquinas moedoras
do dia.
Adeus minha mãezinha querida! 
Leva consigo todas as flores do meu corpo.

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