sábado, 11 de abril de 2009

A ultima Guerra.


As cruzadas, as guerras púnicas, as revoluções, o homem chacal do homem. O rato? Mas o homem. Poluidores, destruidores, animal sem raça. É o que levanta o ego primitivo e descobre somente o seu fracasso. O devorador e o vil metal entre a forca a lâmina e a cruz. Não nascemos fomos impulsionados para o devir. Nossa natureza é castradora, matamos nossos filhos. Estamos esperando sempre a catastrofe, matamos nossos pais. Esse é o nosso fim. Todas as fogueiras irão nos consumir, bilhões de profetas traçaram a teia, o vôo, a sombra. O mito e o místico nos conduzem para o porvir. Enquanto no final da tarde, devidamente em sangue, espero, consiente nessa vida fragil, no alpendre da minha casa, o anuncio da nossa extinção.
DEPOIMENTO: Vivemos sobre o efeito da brevidade. Ventos breves, biologias breves, mariposas das chuvas breve. Guerras breves, mazelas. Brigamos por tão pouco: dinheiro, vaidade, avareza. O que construimos entre a fraternidade é uma quintanda de verduras podre, escassa, perene. O que olhamos do mundo quase se perdem pelos desejos: tantos, constantes, insistentes. O que eu quero minha irmã é compreender o mundo, suas estações, seu pássaros, suas canções, minhas filhas, você. Essa rotina mortal que sufoca, moi a matéria, deixa sempre um gosto de solidão e desconforto na vida. Queremos construir e destruirmos. Queremos! Penso em você, penso, trafego, contorço de dor, mas sei que a cada dia milhões de andorinhas farão ninho na sua alma.

Inacabado. ( O Grito )




















Na sombra ácida do dia perdi a cor. Meus olhos so vêem o negror do dia. Foi-se as horas, os momentos findam na velocidade da luz. Como um pardal percorro as estações. Sou um príncipe sem coroa, sou um monge sem batina na eterna espera pelos ventos da Aurora. No anoitecer das córneas o tempo é um corrossel sem dono. E a foice da morte sempre bate na madrugada fria que os ossos sugam como mel. Assim perdi no barro meu frescor da juventude. Perdi nas ervas e na ultima das guerras a sociedade dos Gribel.
Gritos são inventados como as andorinhas. Gafanhotos são reais, inseto do encalto medo. Larvas estão no corpo, na espera do desfazer da carne. Gafanhotos formam enchames e clarões no grito pois compõe o espectro do pavor da morte. Bezouros e vagalumes são insetos que carregamos nas tardes quentes e as mariposas em vôos desageitados no mormaso do mármore. Branco dia, vermelho dia. Dias que não mais espelharão na máteria verde do mundo.

Absintos.
Absinto, é o que falta para aturar a vida, o homem, o tempo no buraco de minhocas.
Absinto! Absinto!
Cervejas no céu para aturar o mundo dos meninos de escola.
Muita; e na embriaguez sonhar com campos limpos e teoremas eternos.
Vodka para irritar o deus Baco que caminha torpe numa fila de formigas.
51 para entrar no espaço de salvador Dali, em cantos e lâminas, depois me perder
entre labirintos Breton.
Enquanto disperto da álcoolidade e a lucidez perde seu comboio
a sede risca um deserto de desejos com mente hortelã e cheiro adocicado
fluindo na lamacenta manhã
limão, doce ácido, terminal do paladar, em nécta,
na dança do corpo que conduz eletricidade, potencia para deixar entrar entre
as frestas um homem nu, despojado da razão na espera ínfima no buraco de
minhocas...
E ser, assim mesmo, obscurissimo animal.