quinta-feira, 30 de julho de 2009

Construção















1
Tudo acontece de forma mental.
Construir, construir...















2
E o laranjal vai se formando,
medo de mim,
medo de mim,
medo!















3
No colosso das formas,
o laranjal se pigmenta...
laranja, amarelo, laranja.
Outono do ego,
varre em moleculas de cor,
Outono sem laranjas.















4
Os cromatismos
muda o mundo,
do corpo e da alma.















5
Puxe o meu barco.
O barco da aliança,
o mistico, o mito grego,
o barco dos homens.
Traz a imensidão,
a ansiedade, o trabalho.
O barco amarelo-ouro da tarde.
















6
E na sombra da floresta
miope, construir, construir,
construiram em mim.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A leveza do ser


Levita minha deusa Afrodite,
canta cada pedaço desse balneário imaginário,
desse sonho colorido.
Não me deixe morrer entre as nuvens vendo-a cair.
Caia nos meus braços,
nos meus...
Encante a marinha,
minha vida.
Arranque desse moinho a paisagem,
gira, gira como o planeta,
acalme minha alma barranqueira,
pesque minha alma
no burrinho pedrês,
na tarde quente dos amarelos alaranjados.
Pesque!
Na mulher que observa
no homem indiferente que passa entre os chalés,
levanta esse cansaço
alivia essa dor.
Dor do mundo, das aranhas.
Faça as distâncias parecerem milimétricas.
Carregue esse Dom Quixote,
no azul celeste.
Marinheiro sem barco,
professor sem alunos,
perdido na luz cromática,
no corpo sem carne,
com a história na muringa,
bebendo chuvas, trovoadas,
passáros e cavernas,
na solidão profunda
apaixonada da minerva
e assim vai, vinte telas
e muitas canções desesperadas.

sábado, 25 de julho de 2009

Nos caminhos de Marla


Como pode ser sempre indiferente,
Indiferente!
Como pode ser sempre infeliz
se a natureza te prega, cola.
Como pode ser indiferente se
tudo está presente,
formas estão no seu íntimo,
na sua forma.
Cada ser é uma presença
constante e visual.
Corpo envelhecido pela corroção.
Corpo envelhecido pelo amor.
Como estar presente se a distancia
é quilomêtrica.
Palavras são cuniformes,
estão presentes.
Aniversários vão e camuflam,
vidas ficam pelos traços.
Como pode ser humano se não há humanos.
Amebas de luas.
Amebas de palavras.
Como pode ser criado se a cria
é do criador.
Pão, pai, pai!
Como pode ser indiferente quando
explode natureza nos caminhos de Marla.