segunda-feira, 27 de julho de 2009

A leveza do ser


Levita minha deusa Afrodite,
canta cada pedaço desse balneário imaginário,
desse sonho colorido.
Não me deixe morrer entre as nuvens vendo-a cair.
Caia nos meus braços,
nos meus...
Encante a marinha,
minha vida.
Arranque desse moinho a paisagem,
gira, gira como o planeta,
acalme minha alma barranqueira,
pesque minha alma
no burrinho pedrês,
na tarde quente dos amarelos alaranjados.
Pesque!
Na mulher que observa
no homem indiferente que passa entre os chalés,
levanta esse cansaço
alivia essa dor.
Dor do mundo, das aranhas.
Faça as distâncias parecerem milimétricas.
Carregue esse Dom Quixote,
no azul celeste.
Marinheiro sem barco,
professor sem alunos,
perdido na luz cromática,
no corpo sem carne,
com a história na muringa,
bebendo chuvas, trovoadas,
passáros e cavernas,
na solidão profunda
apaixonada da minerva
e assim vai, vinte telas
e muitas canções desesperadas.

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